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Ministro afirma que desafio não é aumento da isenção do IRPF, mas compensação com quem não paga
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou nesta sexta-feira (22) que o principal desafio para ampliar a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais não está na concessão do benefício, mas na definição de medidas compensatórias para equilibrar a arrecadação. Segundo ele, a proposta já está estruturada, mas a compensação fiscal ainda precisa ser ajustada.
Revisão tributária para viabilizar a medida
Em entrevista ao canal ICL Notícias, Haddad ressaltou que a isenção precisa ser acompanhada de um ajuste na cobrança de impostos sobre grupos que atualmente pagam menos tributos.”
“O desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga. E aí vamos ter que chegar no andar de cima, e pedir assim, você que não está pagando nada contra o trabalhador que está pagando 27% de imposto, vamos equilibrar esse jogo, você vai pagar um pouco para ele pagar menos”, afirmou o ministro.
O governo estuda formas de compensação que envolvem o aumento da tributação sobre os mais ricos, uma medida que, no entanto, enfrenta resistência no Congresso Nacional. A isenção do IR para salários de até R$ 5 mil pode representar um impacto fiscal estimado em R$ 35 bilhões, reforçando a necessidade de ajustes para manter o equilíbrio das contas públicas.
Inflação e novas políticas econômicas
Além da discussão sobre o IR, Haddad comentou sobre a expectativa de redução da inflação nos próximos meses, impulsionada pela valorização do real frente ao dólar e pelo aumento da produção agrícola. O ministro também destacou a implementação de uma nova linha de crédito consignado privado, voltada para trabalhadores com carteira assinada, que permitirá taxas de juros mais baixas.
O governo aposta nessas medidas econômicas para fortalecer a recuperação financeira do país e garantir um crescimento sustentável, mantendo o compromisso com a responsabilidade fiscal e a justiça tributária.
Fonte: Contábeis